Diabetes Tipo 1
Em 2003 foi oficialmente alterada a terminologia da Diabetes Insulinodependente (outrora também designada de Diabetes Juvenil) para Diabetes Tipo 1.
A Diabetes Tipo 1 corresponde a cerca de 5-10% de todos os casos de diabetes. Advém da destruição das células ß (células produtoras de insulina) dos ilhéus de Langerhans do pâncreas, o que resulta numa insulinopenia (falta de insulina) absoluta, e por este motivo os pacientes passam a fazer insulinoterapia de imediato que manter-se-á para o resto da vida.
A destruição das células beta faz-se por um mecanismo autoimune, ou seja, é o próprio sistema imunitário do paciente que destrói estas células e até aos dias de hoje não se sabe exatamente o porquê de este processo ocorrer, mas supõe-se existirem predisposições genéticas e factores ambientais que promovam o seu aparecimento.
A Diabetes Tipo 1 é mais comum na infância e adolescência mas pode surgir em qualquer idade. Apesar de os pacientes raramente serem obesos quando são diagnosticados com este tipo de diabetes, a obesidade não é incompatível com o seu diagnóstico.
Uma vez que a Diabetes Tipo 1 surge devido a um mecanismo autoimune significa que estes pacientes estão mais susceptíveis a outros distúrbios autoimunes, tais como: doença de Graves, Tiroidite de Hashimoto, Doença de Addison, vitiligo, doença celíaca, hepatite autoimune, miastenia grave, anemia pernicosa. (1)
Os sintomas da Diabetes tipo 1 não diagnosticada normalmente instalam-se rapidamente e de forma notória. Os sintomas incluem poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (sede excessiva), polifagia (fome excessiva), acentuada perda de peso (apesar do aumento de ingestão calórica), fadiga, visão turva, eventualmente náuseas e vómitos.
De notar que o desenvolvimento de Diabetes Tipo 1 não depende de estilos de vida nem de hábitos alimentares, a Diabetes tipo 1 não é prevenível.
Diabetes Idiopática
Algumas formas de Diabetes tipo 1 não têm causas conhecidas nem evidências de autoimunidade, no entanto estes pacientes apresentam insulinopenia permanente e estão propícios a desenvolver cetoacidose, passando estes casos a designar-se por diabetes tipo 1 idiopática.